sábado, 17 de setembro de 2011

O regresso

  Deitado na cama, com a janela entreaberta a seu lado, sentia o típico cheiro da Natureza na altura do Verão e ouvia e contemplava cada ruído vindo de fora, pois naquele momento era a única distração que encontrava.
  Tudo se havia complicado de novo e ele pensava sem encontrar soluções.
  Alguém de quem gostara muito em tempos tinha voltado a aparecer na sua vida de rompante, como quem abre uma porta bem fechada apenas com um rodar da maçaneta e sem bater à porta anteriormente.
  Em consecutivas perguntas a si mesmo, interrogava-se sobre o que fazer e nenhuma resposta surgia. A frustração ia agora substituindo a monotonia à medida que os minutos passavam.
  Voltar a dar de caras com aquela mulher foi algo que ele desejara que não voltasse a acontecer quando decidira finalmente encerrar aquele capítulo da sua vida, há muito tempo, no entanto, ela reaparecera logo agora que ele estava bem, que tudo estava perfeito!
  O cansaço começava a apoderar-se dele e por fim, cerrou as pálpebras adiando decisões para mais tarde, esperando que se tornassem mais fáceis de tomar.

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