segunda-feira, 23 de junho de 2014

Portugal

  Corre-me uma lágrima que cai solitária ao ver Portugal ajoelhar-se, através de 11 almas que representam milhões. De peito cheio cantaram o hino e fizeram Portugal inteiro e todas as pessoas que firmemente os apoia, acreditar que era possível. Temos o melhor do mundo e uma grande seleção, porém, onde está a identidade desta equipa? Para onde foi o futebol que move um país fanático, que põe um país amante do futebol em alvoroço? Não reconheço esta equipa e a desilusão espelha-se nos rostos de todos os portugueses que assistem ao segundo jogo do Mundial, no Brasil.
   Os brasileiros, que nos reconhecem como seu país pai, que sabem que fomos nós que descobrimos o país onde hoje habitam, que falam a mesma língua que nós, também acreditaram e apoiaram-nos incondicionalmente, desde a chegada dos nossos jogadores, à entrada em campo e ao final de cada jogo. E voltaram a fazê-lo depois da derrota pesada frente à Alemanha. Fizeram-no, porque nós somos Portugal!
   E agora... está quase tudo terminado! Os braços estão cansados de levantar os cachecóis e erguer as bandeiras em vão. O país pequenino que sonhava tornar-se gigante através da conquista do Brasil, já deixou de sonhar. Mas é possível, ainda, e resta-nos a todos, olhar para o verde de que a nossa bandeira é constituída e ter esperança, porque para um português, nada é impossível! Até ao último minuto do último jogo que possa ver da nossa seleção, com maior ou menor importância, força Portugal!
   Ainda que desapontado, como todos os portugueses, o apoio continua e continuará a ser incondicional.