quarta-feira, 4 de julho de 2012

A brisa e o gelo


Os dias passam, um depois do outro, e parecem passar ao sabor do vento que agora, em tempo de Verão, é lento e suave quando se faz sentir, tao amena a pequena brisa que nao incomoda ninguem, não move nada, apenas suaviza como disse, o calor que se faz sentir.  Assim são estes dias sem ti, passam sem pressa, quase sem se notar a sua passagem, e fazem sentir um fresco também, nao como a brisa,  este é demasiado gelado, é o gelo da tua ausência, aquilo a que provavelmente muita gente chama de vazio. Eu chamo gelo, porque o gelo arrefece e queima, e o sentido de melhorar ematomas aqui não entra, porque a nodoa negra que tenho, é no coraçao, que doi bastante quando toco, porque lhe falta metade, e nao ha remédio que nao seja a tua presença para o completar...
  Assim, nao sabia ao certo o que era saudade, sim, ja tinha sentido saudades antes, de pessoas, de momentos, de locais, mas estas saudades eram tao suaves como a brisa, que quase nao se faziam sentir. E agora morro de saudades, de saudades como o gelo, que me queima e me resfria tanto até sofrer de frio e de calor ao mesmo tempo, são um total mal estar e tudo fica pior quando penso que nao há solução, porque estou impossibilitado de ir até ti e te olhar nos olhos, te abraçar, estas tão longe! E eu pedia apenas um abraço, suave e refrescante como a pequena brisa e um beijinho que me queimasse depois do frio originado pelo abraço, para assim, ter o efeito da brisa e do gelo unidos num só momento, porque tudo na vida faz falta.
  

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