O tempo passou, mas eu não
o culpo a ele, aliás, eu não sei quem é, ou quem foi o culpado.
Não sei se há uma asneira ou um erro para
haver culpado sequer, eu não sei. Gostava de saber, sim, gostava. Talvez um dia…
Gostava ainda mais de não querer saber de
erros, de não me importar, de ignorar cada mentira, mas é demasiado difícil.
Talvez um dia…
Gostava de passear contigo, de mao dada e a
rir sem medos, gostava de te poder abraçar com força. Gostava que te
preocupasses comigo como antes, que me tratasses como eu sempre te tratei, que
me beijasses e me dissesses tudo o que eu quero ouvir, mas não sei se isso
ainda é possível. Ou talvez seja, um dia…
Gostava de acreditar em ti de novo e que as tuas
lágrimas ainda fossem antídoto para cada zanga. Talvez, um dia.
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