Depois de tanto tempo, um sorriso volta agora a encher-me o rosto, um sorriso que não é de completa felicidade, mas é um sorriso, que apesar de estar algo intermitente e de não aparecer tantas vezes quantas desejaria, quando aparece é espontâneo e já não sorria com vontade há demasiados dias.
Este sorriso, não é de total felicidade como disse, pois a insegurança e as dúvidas vão remexendo incessantemente este rasgo de alegria. Se quero realmente sorrir e entregar-me a este gesto sem reservas? As momentâneas dúvidas, que espero mesmo que sejam momentâneas, não me deixam responder a esta questão.
Pergunto-me diariamente se o que aconteceu não passa de mais uma página que já está cheia e que não precisa de ser relida, se não será melhor esta história ficar por aqui, mesmo que inacabada. Mas será que é isto que quero? Mais do que tudo, acho que quero que esta página seja prolongada, que cada linha seja aproveitada ao máximo para que esta história continue a ser escrita e se for necessário, há sempre mais uma página que pode ser preenchida com a mesma tinta, para que esta história não termine cedo demais e o arrependimento não tome conta de mim.
Todas as questões dão que pensar nestes últimos dias. Será o momento e a pessoa certa?
Terá ela pensado em tudo também e terá as mesmas dúvidas que eu? Quererá ela estar comigo novamente da mesma maneira, com a mesma vontade que eu também tenho de estar com ela e de saber que tudo será fácil, que vai resultar e que ninguém se magoará?
Sei que brevemente algumas respostas vão acabar por surgir, algumas perguntas até já estarão respondidas e mesmo que nem tudo seja esclarecido rapidamente, o mais importante de tudo, é o sofrimento não voltar a apoderar-se de mim e do meu dia-a-dia, porque sinceramente, tem aparecido demasiadas vezes ultimamente e parece-me que é hora de dar lugar à felicidade, ou talvez ainda não.
Será que tanto tu como eu estamos preparados para sorrir?
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